:::::  Ao som da música  :::::

Amilcar Soares

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   MP3, a música do futuro (hoje)

O MP3 é o formato áudio na moda e, segundo muitos utilizadores, o chamado a converter-se na norma a seguir  com respeito à gravação, reprodução e difusão de som. Não é de admirar que este formato seja uma revolução mundial, já por si revolucionário na Internet, com uma qualidade próxima do CD e para além da espectacular taxa de compressão de 13:1, a sua compatibilidade com os diversos sistemas operativos como o UNIX, Linux, DOS e Windows.

 

Se alguma vez tentou digitalizar uma música ou canção, de um CD ou cassete, por exemplo para o formato WAV, terá verificado que ocupa cerca de 40 MB, ou sejam 1 MB por minuto (mais coisa menos coisa). O novo formato MP3 é um novo formato que atinge uma taxa de compressão admirável de cerca de 13 para 1, o que nos permite guardar a mesma quantidade de áudio em cerca de 4 MB.

 

Este sistema de codificação consome muitos recursos de CPU, mas não é feito em tempo real. É um processo, que dependendo da máquina em uso, pode levar alguns minutos por faixa a codificar. O processo contrário, ou seja a descodificação e audição da peça, essa sim é feita em tempo real, mas por sua vez, não consome muitos recursos, já que existem programas específicos para a tarefa (por exemplo o WinPlay ou o WinAmp ou muitos outros). Um tema a 44.1 kHz e 128 Kbps resulta num consume de cerca de 30% dos recursos dum processador P133. Actualmente P133 é história. Para a compressão, o algoritmo tem em linha de conta que, se ouvirmos um som muito forte e pára repentinamente, levamos algum tempo a nos adaptarmos a sentir um som muito suave, devido ao facto de o ouvido humano necessitar desse tempo para se adaptar ao som seguinte. O som forte cria uma máscara ao som mais fraco, tornando-o supérfluo. Na prática, após a ocorrência de um som forte, os seguintes sons mais suaves não serão ouvidos, pelo que poderão ser eliminados. Este é o segredo mágico dos ficheiros MP3: elimina-se o que o ouvido humano não tem capacidade de ouvir.

 

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Após o aparecimento de um standard JPEG para as imagens estáticas e a criação do formato MPEG para as imagens em movimento, e indo ao encontro com a ISO (International Standard Organization), em Novembro de 1991, foi criado um standard para a codificação de áudio e vídeo, então conhecido por MPEG 1. Mais tarde, em 1994, surge então o MPEG 2, como o novo standard. Actualmente fala-se em MPEG 4 e está em estudo uma nova versão ainda no segredo dos "Deuses".
       
 
   O Segredo do MP3

Para idealizar um método de codificação de áudio, parte-se da natureza do ouvido humano. Infelizmente, este não é perfeito para a recepção acústica, mas é o melhor que se arranja. A sua não linearidade e o limiar de audição, foram as vantagens do MPEG. O limiar de audição é o nível mais baixo em que o som deixa de se fazer sentir. Embora varie com a pessoa, na maioria situa-se entre 2 e 5 kHz. A audição de um som depende da sua frequência e do facto da sua amplitude estar ou não dentro dos limites de percepção dessa frequência. Uma conversa é facilmente percebida em condições normais, no entanto na presença de um ruído forte, como o passar dum avião voando muito baixo, devido às distorções introduzidas na ondas sonoras, tal conversa é quase impossível de se ouvir. Estes sons não audíveis, na presença de um som mais forte, chama-se de mascarados e, é aqui que entra a compressão áudio. Numa gravação de uma orquestra por exemplo, todos os instrumentos são gravados, mas durante a reprodução, existem alguns instrumentos em algumas partes, que se encontram mascarados. Eliminando estes sons mascarados, reduz-se grandemente o tamanho do ficheiro final, mantendo uma qualidade notável, já que para o ouvido humano, os sons mascarados que não eram audíveis, não fazendo portanto falta, foram eliminados.

 
    O novo formato VQF

Já apareceu um novo formato de compressão semelhante ao MP3. Este novo formato tem quase as mesmas funções e possibilidades, embora actualmente, e conjunto com todo o seu software, em fase Beta, ou seja, ainda não está optimizado para funcionar, mas somente em fase de testes. A principal vantagem relativamente ao MP3, é o seu superior poder de compressão, já comprime em cerca de 30% os ficheiros wav. O VQF (assim se chama) está baseado numa nova tecnologia desenvolvida pela NTT, e que recebe o nome de TwinVQ, e o respectivo software, desenvolvido pela Yamaha, chama-se SoundVQ.

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Actualizado em: 2001-07-28

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